O jornalista cubano e dissidente Albert Santiago Du Bouchet, que estava preso por desacato desde maio de 2009, foi solto no dia 7 de abril, junto com 30 presos políticos, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Ele era o último jornalista ainda preso no país. O governo da ilha já havia libertado os profissionais detidos durante a ofensiva contra opositores conhecida como “Primavera Negra”, em 2003.
Santiago Du Bouchet, que, em fevereiro, fez greve de fome para pressionar por sua libertação, chegou à Espanha, onde ficará exilado, no dia seguinte, informou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
A organização lamentou que a libertação tenha sido acompanhada de um exílio forçado, segundo a Radio Martí.
O coordenador do CPJ para a América, Carlos Lauría, pediu às autoridades cubanas que aposentem a "legislação obsoleta que castiga com prisão o jornalismo independente".
Ex-diretor da agência independente de notícias Havana Press, Santiago du Bouchet havia sido condenado a três anos de detenção por desacato e distribuição de propaganda inimiga.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.