Durante um workshop na hora do almoço no 25º Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ), dois representantes da Google News Initiative ofereceram treinamento em ferramentas de reportagem e fact-checking do Google destinado a jornalistas e pesquisadores.
Liderado por Ashley Edwards, gerente de parcerias de notícias do Google, e Mary Nahorniak, bolsista de ensino dos EUA, o workshop se concentrou em como tirar proveito das ferramentas disponíveis no Fact Check Explorer e no Pinpoint.
Com um jogo para quebrar o gelo de adivinhar as fotos reais e as geradas por IA na tela, Edwards começou discutindo como o Fact Check Explorer pode verificar a autenticidade de informações e fotos que estão em alta no Google Trends. O Fact Check Explorer pode ser usado como uma pesquisa reversa de imagens, pois permite que usuários insiram URLs e uploads de imagens para receber informações sobre o histórico da imagem. Uma atualização recente do programa também permite que usuários vejam uma estimativa da idade da imagem com base em qualquer uso anterior da imagem na internet que o Google possa rastrear.
"A intenção é que seja fácil para qualquer pessoa descobrir mais sobre uma imagem, especialmente em um ano eleitoral", disse Nahorniak. "Há muitas eleições globais neste ano, muitos mitos e desinformação."
Nahorniak e Edwards também compartilharam que o Fact Check Explorer permite que os usuários pesquisem informações de tendências e recebam resultados sobre se essas informações foram verificadas ou se são falsas. Além disso, embora o Fact Check Explorer esteja disponível para o público, usuários devem solicitar acesso ao recurso de contextos de imagens, que fornece um resumo adicional do histórico de suas pesquisas de imagens.
Nahorniak discutiu os usos de outra ferramenta do Google exclusiva para jornalistas e pesquisadores: Pinpoint. Ela disse que o Pinpoint é uma ferramenta gratuita com dois gigabytes de espaço de armazenamento para upload de documentos. Nahorniak demonstrou como, com a tecnologia de IA do Google, ao fazer o upload de documentos escritos, tabelas ou áudio e vídeos para transcrição, o Pinpoint organizará as informações dos documentos por termos-chave, de modo que os usuários possam simplesmente usar uma ferramenta de pesquisa do Google em cada documento para descobrir a frequência com que os termos aparecem, sem levar muito tempo para analisar os dados.
"O Pinpoint cuida de coisas que tomam muito tempo – entrada de dados, extração de dados de arquivos – para que você possa usar seu tempo para fazer coisas que só você pode fazer – desenvolver a reportagem, entrevistar pessoas, novas fontes, o que quer que seja", disse Nahorniak.
Nahorniak acrescentou que o Pinpoint é privado por padrão, como o Google Drive. Ela também disse que o programa pode estruturar tabelas para facilitar a leitura das informações, e o Pinpoint pode resumir documentos para os usuários quando solicitado em uma barra lateral de bate-papo.
De modo geral, Nahorniak e Edwards incentivaram os participantes do workshop a usar as ferramentas da Google News Initiative a ajudá-los a melhorá-las.
"Se você começar a usar [os programas], deixe seu feedback", disse Nahorniak. "Os principais recursos que foram desenvolvidos foram baseados no feedback que recebemos da ferramenta."
O ISOJ é uma conferência global de jornalismo online organizada pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas em Austin. Em 2024, está comemorando 25 anos reunindo jornalistas, executivos de mídia e acadêmicos para discutir o impacto da revolução digital no jornalismo.
*Flora Farr é uma estudante do primeiro ano de jornalismo na UT Austin. Atualmente, ela é repórter sênior de Life & Arts do The Daily Texan e, anteriormente, estagiou no The San Antonio Report.
