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Caixa Econômica Federal usa publicidade para censurar mídia

"Imagine a página de um veículo noticioso que, a pouco mais de dois meses da eleição para presidente da República, não possa mencionar os nomes de 'Jair Bolsonaro' e 'Lula', principais postulantes ao cargo.

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Essas palavras e dezenas de outras, num total de 239 termos, constam de uma lista de expressões proibidas pela Caixa Econômica Federal. Ou seja: nenhuma delas pode aparecer em uma página na qual seja exibido anúncio da Caixa. Nos meios publicitários, esse tipo de relação é chamada de 'blocklist' (do inglês lista de bloqueio). É um expediente usado por vários anunciantes para evitar que sua marca seja associada a determinados temas.

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'Isso mostra que a Caixa virou um instrumento cada vez mais do governo, e não de Estado', afirma o cientista político André Pereira César. 'É um órgão do Bolsonaro. O ex-presidente Pedro Guimarães, desde o início da sua gestão, mostrou ser um agente dessa filosofia'".

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