"De 30.out.2022 a 1.jan.2023, foram registrados 70 casos de agressão física, ofensas, impedimento de trabalho, assédio digital, entre outras modalidades de ataques a jornalistas. O monitoramento tem sido feito pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) em parceria com a Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas). A maioria dos ataques partiu dos grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército.
Dos 70 ataques, 65 episódios ocorreram na cobertura dos acampamentos e bloqueios de rodovias, que foram considerados antidemocráticos, ilegais e golpistas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os ataques mais graves, no entanto, estão relacionados aos acampamentos, mas não ocorreram nesses locais. Foram registrados em Rondônia, onde uma rádio foi incendiada e a redação de um portal de notícias foi atacada por um atirador. A violência política atingiu meios de imprensa tradicionais e independentes, assim como todo tipo de veículo: jornal, site, TV e rádio".