“A Rede Vozes do Sul, formada por 17 organizações da sociedade civil, e as organizações Repórteres Sem Fronteiras, Justiça Global e Comunicação e Informação da Mulher (Cimac) apresentaram suas preocupações à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre a assassinatos e outros tipos de violência contra jornalistas, e as deficiências dos mecanismos de proteção à imprensa nos países onde foram implementados. Essas organizações pedem que esta informação seja convertida em ações para deter as graves violações à liberdade de expressão e imprensa na região, já que não há uma resposta efetiva dos Estados, inclusive sendo estes os principais agressores.
Durante o 186º período de sessões da CIDH, Pedro Vaca, relator para a Liberdade de Expressão da Comissão, indicou que 2022 foi o ano mais letal já registrado contra a imprensa. Por sua vez, indicou que esperava uma mensagem honesta, franca e solidária das mais altas autoridades dos Estados. 'Não posso dizer que não houve [nada], porque houve algumas mensagens tímidas. Mas o que soou alto foram as mensagens estigmatizantes contra o trabalho jornalístico'. O relator concorda que muitos jornalistas que pediram ajuda ao Estado acabaram sendo assassinados. 'A tragédia está a um passo de distância', enfatizou".