"No departamento de Putumayo, no sudoeste da Colômbia, qualquer pessoa, inclusive grupos armados, sabe onde vivem os jornalistas mais renomados. Basta dizer a um taxista o nome de um dos jornalistas para chegar, em questão de minutos, às portas de suas casas, que são quase sempre também seu local de trabalho.
Esse é o nível de exposição e perigo a que estão sujeitos num momento em que os dois grupos armados que operam no departamento, os Comandos Bolivarianos de la Frontera e os dissidentes da frente Carolina Ramírez, estão travando uma batalha que já deixou inúmeras pessoas mortas e se estende aos jornalistas por meio de ameaças. Tudo isso enquanto ambos os grupos ilegais afirmam fazer parte das negociações de paz total com o governo de Gustavo Petro.
A Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) tem documentado que, neste departamento em particular, a violência contra jornalistas piorou. A FLIP pede ao presidente e seu comissário de paz, Danilo Rueda, que os protejam e exijam que as forças armadas, no âmbito dos protocolos dos cessar-fogo bilaterais, não os intimidem e lhes permitam continuar fazendo seu trabalho."