“O assédio judicial continua se consolidando como uma ferramenta para silenciar a imprensa. Nos últimos dois meses, a FLIP [Fundación para la Libertad de Prensa] registrou 14 casos de assédio judicial a meios de comunicação e jornalistas que investigam temas de alto interesse público como pedofilia dentro da Igreja Católica, sistema de saúde, atuação de senadores e fiscalização de contratações em órgãos públicos.
Na última semana, a FLIP teve conhecimento de três casos de jornalistas que foram convocados para audiências de conciliação perante a Procuradoria-Geral da República por reclamações contra eles apresentadas por importantes figuras públicas do país. Esses casos refletem um padrão comum: os jornalistas, pelos mesmos eventos, enfrentaram outros processos judiciais de natureza diferente, como ações de tutela ou ações cíveis. Assim, pode-se entender que há uma pressão sistemática sobre as publicações que desgasta os jornalistas e o próprio sistema de justiça”.