"O Fórum Argentino de Jornalismo (FOPEA, por suas iniciais em espanhol) condena a restrição ao acesso à informação pública sofrida por vários jornalistas, especialmente Melisa Molina, repórter do jornal Página 12, na terça-feira, 22 de julho em Córdoba, na chamada 'Derecha Fest'. Durante o evento, organizado por uma organização privada e com a presença do Presidente Javier Milei, funcionários do serviço secreto forçaram Molina a deixar o local apesar de ela estar credenciada e também ter comprado um ingresso.
O argumento foi que 'pessoas de Buenos Aires' não a queriam dentro do evento. Esses indivíduos a escoltaram até um terreno baldio onde vários carros estavam estacionados. De acordo com o relato de Molina em um artigo no Página 12 e para o monitor de liberdade de expressão da FOPEA, após um breve interrogatório e depois que duas notas de 20.000 [pesos argentinos] foram jogadas nela, o preço da taxa de entrada, eles a deixaram lá ao ar livre sem permitir que ela entrasse novamente.
Outros colegas da província de Córdoba que cobriram o evento concordaram que jornalistas credenciados não foram autorizados a entrar na sala onde as apresentações foram realizadas e tiveram que permanecer do lado de fora, em uma área marcada por um curral. Apenas aqueles que compraram ingressos foram autorizados a entrar.
A FOPEA considera essa irregularidade uma violação do acesso à informação pública e outros abusos do poder estatal. Isso porque, embora o evento tenha sido organizado privadamente, a presença do presidente e as ações de membros do serviço secreto para intimidar uma jornalista constituem ações estatais".
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