“No México, ser mulher e jornalista implica uma dupla violência. Por um lado, a que nos afeta todos os dias com 10 mulheres assassinadas; e, por outro, a absoluta falta de acesso a uma proteção abrangente para o exercício da liberdade de expressão, com 99% de impunidade nos casos registrados de agressões a jornalistas, segundo Noemi Pineda, pesquisadora de documentação e monitoramento de casos do Programa de Proteção e Defesa da Artigo 19.
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O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) informa que, de 2005 a 2022, no México, sete mulheres jornalistas foram assassinadas. Enquanto, de acordo com a Artigo 19, dos 644 ataques a jornalistas em 2021 aproximadamente 30% (193) foram ataques a mulheres, a esfera digital é onde esses ataques mais aumentaram e onde sua condição de gênero se destaca."