“O jornalista aposentado Jorge González está sendo processado criminalmente no estado mexicano de Campeche após uma queixa apresentada pela governadora Layda Sansores, que o acusa de incitação ao ódio. Como parte das medidas cautelares determinadas por um juiz, González foi proibido de exercer o jornalismo por dois anos. Além disso, o veículo digital Tribuna, que ele dirigiu por três décadas, foi obrigado a suspender suas atividades.
A queixa alega que González causou danos psicológicos à governadora por meio de colunas de opinião anônimas publicadas sob o título Las tripas del jaguar. González nega ser o autor dos textos e afirma que, desde sua aposentadoria em 2017, apenas apresenta um programa de televisão na Telemar, onde critica a administração estadual, especialmente em relação à segurança pública.
Seu advogado de defesa, Edwin Trejo Gutiérrez, classificou as acusações como excessivas, apontando a ausência de provas periciais que sustentem o suposto dano e argumentando que é irregular responsabilizar González por conteúdo anônimo, ainda mais após sua aposentadoria.
Em um processo civil separado, González também enfrenta uma ação movida por Walther David Patrón Bacab, porta-voz e diretor de comunicação do governo estadual, por outra publicação anônima”.