"Os protestos que começaram em 22 de setembro no Equador já resultaram em 143 casos de violações de direitos humanos, 63 prisões, 92 feridos e 11 pessoas ‘temporariamente desaparecidas’ — entre elas, uma que já havia sido detida pela polícia —, além de uma morte: Efraín Fuerez, líder indígena de 46 anos reconhecido por seu trabalho em Mingas, baleado por militares que reprimiam as manifestações na região de Imbabura.
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Alguns jornalistas que cobriam os protestos relataram agressões tanto de manifestantes quanto da força pública: os primeiros lançaram insultos, paus e pedras; os segundos usaram gás lacrimogêneo e recorreram a uma repressão indiscriminada em áreas de cobertura, segundo associações jornalísticas.
A organização Fundamedios, criada em 2007 para proteger a liberdade de expressão e o exercício da imprensa, tem amplificado denúncias de ‘prisões arbitrárias’, ataques com objetos, insultos e até a suspensão de transmissões de veículos indígenas locais."