“As autoridades equatorianas devem investigar minuciosamente uma ameaça de morte contra Karol Noroña, levar os responsáveis à Justiça e garantir que grupos criminosos não interfiram no trabalho da imprensa do país, disse o Comitê para a Proteção dos Jornalistas na terça-feira [11 de abril].
No dia 24 de março, Noroña, repórter do site de notícias independente GK, com sede em Quito, se encontrou com uma fonte que lhe disse que o líder de um grupo de narcotraficantes ameaçou matar a jornalista por causa de suas reportagens sobre o crime organizado e a violência nas prisões do Equador, segundo informações da imprensa e de Isabela Ponce, diretora editorial do GK, que se comunicou com o CPJ por meio de um aplicativo de mensagens. Em 24 horas, Noroña fugiu do Equador, disse Ponce. Ela se recusou a fornecer mais detalhes sobre a natureza da ameaça para proteger Noroña e suas fontes. 'O plano é que ela fique fora do país até que seu retorno seguro esteja garantido', disse Ponce.
Ponce disse ao CPJ que GK ainda estava decidindo se apresentaria uma denúncia criminal ao Gabinete do Procurador-Geral, em parte porque Noroña relatou como alguns supostos traficantes de drogas e líderes de gangues podem ter recebido tratamento brando dessa instituição."
