Quase vinte veículos de comunicação independentes da América Latina assinaram um editorial no qual afirmam que os jornalistas da região devem fortalecer suas redes de trabalho colaborativo, trabalhar para combater o ruído de informação e a desinformação, e continuar monitorando rigorosamente os abusos de poder, diante do que chamaram de caos e confusão gerados pelo retorno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Casa Branca e o impacto que isso teve em questões como meio ambiente, migração, comércio e relações internacionais.
Veículos como Periodistas por el Planeta (Argentina), InfoAmazonia (Brasil), La Liga Contra el Silencio (Colômbia), Lado B (México) e Ojo Público (Peru) assinaram o editorial "Florescer entre a lama: O jornalismo que a América Latina precisa diante do desafio de Trump", publicado em 17 de março.
"Os jornalistas desta rede [...] são obrigados a tentar explicar como as decisões de um único homem, ou de dois — não podemos deixar de lado Elon Musk — do Salão Oval podem afetar de maneira transversal não apenas a política regional, mas também as comunidades mais vulneráveis do continente", diz o editorial.
"Nos propusemos a incentivar um jornalismo que escape da reatividade e do alarmismo, que não se deixe sobrecarregar pelo volume de ruído de informação e mentiras nas redes sociais, mas que se ancore com um compromisso genuíno na realidade, que sempre será mais complexa e cheia de nuances", continua.