"Dois anos após a morte do ativista e repórter ambiental Abisaí Pérez, cujo corpo foi encontrado na comunidade de San José (Tula, Hidalgo) em fevereiro de 2023, não houve nenhum avanço significativo na investigação do caso. A família denuncia que o processo está repleto de omissões por parte da Promotoria e que ‘desde o início houve muita desinformação e dúvidas’, segundo Sandra, uma familiar direta do jornalista que prefere não revelar seu nome verdadeiro.
Estudante da Universidade Autônoma da Cidade do México (UACM), Abisaí investigava crimes socioambientais como parte de seu serviço social na mesma região onde foi encontrado sem vida – a área constitui uma das maiores desastres ambientais do México, e foi designada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 como a cidade mais poluída do mundo. Ele também participava da criação de um atlas de justiça ambiental e compartilhava informações em seu canal no YouTube sobre corrupção e violência, incluindo o assassinato de seu colega ativista Jesús Bañuelos, conhecido como Chuy, membro do Coletivo de Comunidades em Defesa da Vida e do Território da Região Tolteca, ao qual Abisaí também pertencia”.
