Em uma ação conjunta, diversas organizações argentinas, incluindo AMARC Argentina, Centro de Investigaciones ICEP-UNQ, CoNTA, FARCO, FATPREN, REDCOM, Red de Medios Digitales, Sipreba e CELS, fizeram uma apresentação à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e à Relatoria Especial para a Liberdade de Expressã com o objetivo de manifestar expor preocupações crescentes sobre a situação da liberdade de imprensa no país, especialmente em relação às recentes ações do governo de Javier Milei.
Em apenas dois meses de gestão, o governo de Milei tomou medidas controversas, incluindo a suspensão dos limites à concentração da propriedade dos meios de comunicação em nível nacional e a intervenção no sistema público de mídia, com a promessa de sua privatização. Além disso, tem havido relatos de repressão violenta contra trabalhadores da imprensa que cobrem manifestações contra as políticas de ajuste e desmantelamento do Estado.
"A convicção de que o Estado não deve impor limites ao setor privado está levando o governo a desmontar um sistema de mídia organizado em três setores: o privado-comercial, o gerido pela sociedade civil sem fins lucrativos e o estatal/público. Um sistema de mídia que foi construído com grande esforço em nosso país após décadas em que apenas os donos dos meios de comunicação privados tinham condições para exercer suas atividades", diz o comunicado.
" A esse cenário, soma-se a violência verbal e física contra os trabalhadores da imprensa, não se limitando às repressões dos últimos dias, mas abrangendo um ataque persistente do presidente e seus funcionários aos jornalistas, entre outras práticas que dificultam o trabalho jornalístico", acrescenta.
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