A Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) expressou profunda preocupação com a forma como a Procuradoria-Geral da Colômbia está conduzindo o caso de Carlos Arturo Landázuri, conhecido como “El Gringo”, acusado do assassinato dos jornalistas Paul Rivas, Javier Ortega e Efraín Segarra, do jornal equatoriano El Comercio, em 2018.
Em um comunicado de 6 de dezembro, a FLIP afirmou que, apesar de a Procuradoria-Geral ter classificado o caso como “de relevância nacional”, seus procedimentos não vêm sendo realizados com a devida diligência. Como exemplo das “falhas graves e inaceitáveis” no processo, a FLIP lembrou que, no ano passado, o promotor deixou de apresentar provas físicas na audiência em que foi solicitada a prisão preventiva do acusado. Landázuri está atualmente detido, mas não pelo assassinato dos jornalistas; segundo a organização, ele é mantido sob custódia por sua suposta participação em um massacre na Colômbia.
A FLIP alertou para uma audiência marcada devido ao vencimento dos prazos legais no outro processo contra Landázuri, o que poderia resultar na libertação do réu e prejudicar a investigação em andamento sobre o assassinato dos jornalistas.
“Solicitamos que o juiz responsável pelo caso […] priorize o agendamento da audiência de prisão preventiva no processo referente ao assassinato dos membros da equipe de reportagem do El Comercio, do Equador”, disse a FLIP. “Isso é essencial para garantir que os envolvidos sejam levados à justiça e que esse crime não fique impune.”