“Em resolução divulgada esta manhã, o juiz Alejo Ramos Padilla, do Juizado Federal de Primeira Instância de Dolores, da província de Buenos Aires, acusou Santoro - jornalista investigativo do jornal nacional Clarín - de pertencer à uma "associação ilícita dedicada à espionagem ilegal" e à realização de "ações de inteligência proibidas", segundo o documento do tribunal, ao qual o CPJ teve acesso. No ano passado, o tribunal ordenou a entrega de uma lista de ligações telefônicas de Santoro e o convocou a testemunhar por ocasião de uma investigação que alegava que Santoro havia participado de um plano para extorquir dinheiro de empresários em troca de evitar notícias negativas, conforme reportou o CPJ na época. A resolução do tribunal de hoje encerrou formalmente a investigação e apresentou novas acusações contra várias pessoas, incluindo Santoro. [...]
Santoro negou reiteradamente ter cometido qualquer tipo de ato ilícito. [...]
“As autoridades argentinas devem retirar a acusação criminal contra Daniel Santoro e garantir que as investigações criminais não ameacem a liberdade de imprensa” [afirmou Natalie Southwick, coordenadora do Programa do CPJ para as Américas do Sul e Central] ”.