À medida que a repressão e a insegurança no trabalho expulsam jornalistas de seus países, fundadores de três veículos independentes discutirão a prática do jornalismo no exílio durante evento online gratuito.
Apesar de um novo relatório da organização Voces del Sur ter registrado menos ataques contra a imprensa em 2024, a liberdade de imprensa não está melhorando. A violência e o assédio persistem e cada vez mais jornalistas recorrem à autocensura ou ao exílio.
A Associação de Jornalistas de El Salvador afirma que já não consegue registrar ataques à liberdade de expressão dentro do país, citando uma lei que os “criminaliza” e restringe o financiamento estrangeiro.
Um novo relatório aponta que esses jornalistas enfrentam desafios migratórios e precariedade econômica, o que leva muitos a abandonar a profissão.
Mais de 47 jornalistas fugiram para Guatemala, México e Europa enquanto o governo reprime a imprensa e a oposição.
Um novo relatório revela que assédio online, sobrecarga familiar desproporcional e preconceito no ambiente de trabalho estão levando jornalistas exiladas da América Central a abandonar completamente a profissão.
O jornalista José Luis Tan conta que temia ser preso após meses de assédio por suas críticas ao regime cubano. Esta é a história de sua jornada pela chuva, lama e 11 fronteiras, na tentativa de escapar de uma ditadura que tentou calá-lo.
Um grupo de sete jornalistas nicaraguenses exilados na Costa Rica não conseguiu renovar seus documentos de identidade e se considera “apátrida de facto”. Eles esperam obter a nacionalidade espanhola, assim como seus colegas que perderam a cidadania.
Diante da perseguição sistemática do regime de Ortega e Murillo, que obriga redações inteiras a fugirem, o exílio tornou-se uma característica marcante do jornalismo nicaraguense. No Colóquio Ibero-Americano de Jornalismo Digital, jornalistas compartilharam seus esforços para informar, resistir e permanecerem seguros.
"Você tem que ir" é a frase que define o exílio dos jornalistas venezuelanos e o título da mais recente investigação da cofundadora do meio digital Efecto Cocuyo, Luz Mely Reyes. O estudo mostra como a censura e a perseguição obrigaram muitos a abandonar seu país e se reinventar no estrangeiro.
Jornalistas exilados precisam lidar com a paralisação de seus pedidos de asilo e o fim do programa de parole humanitário. Aqueles que forem enviados de volta à Nicarágua ou à Venezuela irão regressar a regimes abertamente hostis à liberdade de imprensa.
Diversos jornalistas do Haiti precisaram deixar o país em meio à crise social, política, econômica e de segurança atual. Roberson Alphonse, Dieu-Nalio Chery e Jacky Marc contam o que significa para eles ser um jornalista haitiano no exílio.