O fenômeno de jornalistas no exílio não é novo, de acordo com a relatora da ONU para a liberdade de expressão, Irene Khan. No entanto, o aumento nos últimos anos gera preocupação e a necessidade de que Estados e sociedade civil se unam para oferecer ajuda. Organizações latino-americanas estão aderindo a esse apelo.
Em maio, José Rubén Zamora obteve o direito à prisão domiciliar em um tribunal da Guatemala. O jornalista, no entanto, nunca deixou o cárcere. Nesta semana, sofreu um novo revés jurídico. Um tribunal de apelações anulou a medida. Seu filho, José Zamora, diz que a decisão dá sequência ao assédio contra seu pai.
O Nono Tribunal de Sentença Criminal da Guatemala concedeu, em 15 de maio, uma medida substitutiva de prisão domiciliar, sem vigilância, ao jornalista José Rubén Zamora, informaram meios guatemaltecos. No entanto, o fundador do elPeriódico continua na prisão devido a outro processo contra ele.
Diretores de El Faro (El Salvador) e Confidencial (Nicarágua) enfatizaram que a avaliação de riscos, a confiança total entre editores e repórteres, a proteção legal e o apoio psicológico são elementos fundamentais para preservar o bem-estar e a segurança de suas equipes em ambientes de assédio, ameaças e criminalização.
O Conselho Gestor da Fundação Gabo escolheu o jornalista guatemalteco José Rubén Zamora para receber o Reconhecimento à Excelência Jornalística 2024 por suas mais de três décadas de trabalho expondo a corrupção e os abusos de poder em seu país. Zamora está preso há mais de 650 dias devido a uma série de processos judiciais polêmicos.
O conselho diretor do Prêmio Maria Moors Cabot, o mais antigo prêmio internacional de jornalismo do mundo, alertou sobre os casos de perseguição contra Gustavo Gorriti, do Peru, José Rubén Zamora, da Guatemala, e a equipe da organização venezuelana de jornalismo investigativo Armando.info.
Os ataques à imprensa são, sem dúvida, um dos principais desafios enfrentados pelos meios de comunicação e jornalistas na América Latina. Discutir o estado do jornalismo digital na região também implica reconhecer os obstáculos à liberdade de imprensa. Jornalistas da Guatemala, Peru e Venezuela abordaram esses desafios durante o 17º Colóquio Ibero-americano de Jornalismo Digital.
Na última sessão do 25º Simpósio Internacional de Jornalismo Online, Romina Mella e José Zamora chamaram a atenção para os processos e o tempo na prisão enfrentados por, respectivamente, um colega no Peru e o próprio pai na Guatemala. Os participantes do ISOJ escutaram uma convocação para apoiar esses dois renomados jornalistas.
Ao menos 25 jornalistas da Guatemala estão no exílio devido ao aumento da censura, agressões e perseguições no país. Entre eles estão Marvin Del Cid, Lucia Ixchíu e Gerson Ortiz, que conversaram com a LJR sobre os casos judiciais contra eles e as consequências emocionais de sua fuga.
Há mais de 18 meses, o jornalista guatemalteco José Rubén Zamora está preso, apesar de seu processo judicial ter sido marcado por irregularidades e violações do devido processo legal e de sua sentença já ter sido anulada. Um relatório recente da Trial Watch, que monitora julgamentos criminais em todo o mundo, descreveu o julgamento de Zamora como "injusto" e pediu sua libertação imediata.