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Tribunal colombiano considera o Estado responsável por assassinato de jornalista em 2013

Um tribunal colombiano considerou o Estado responsável por não proteger o direito à vida de Edison Alberto Molina Carmona, um advogado e radialista de Antioquia, que foi morto em 2013.

A corte reconheceu que Molina recebeu ameaças por conta de seu trabalho como jornalista e como um líder da oposição, e que tais ameaças não foram endereçadas pelo Estado em tempo hábil, segundo a Fundação para Liberdade de Imprensa (Flip, na sigla em espanhol).

A sentença apontou a Polícia Nacional como quem realizou o trabalho de proteção de maneira tardia e insuficiente e o Procurador Geral do país por ignorar suas obrigações constitucionais e legais, informou a Flip.

A organização reconhece a decisão como "um precedente importante para a proteção e segurança do jornalismo na Colômbia, uma vez que se refere à obrigação do Estado de fornecer a proteção oportuna e efetiva a jornalistas em risco".

A Flip representou a família de Molina, que tem direito a reparações econômicas ordenadas pelo juiz. O juiz também pediu a realização de um cerimônia pública para que se apresentem pedidos de desculpa à família, no município onde Molina foi morto, assim como a realização de uma oficina sobre direitos humanos, liberdade de expressão e outros temas, de acordo com a Flip.

A Flip pediu ao Procurador-Geral para investigar o caso - pelo qual ninguém foi punido - com maior diligência.

Em 11 de setembro de 2013, Molina foi baleado na cabeça quando voltava para casa em Puerto Barrío, em Antioquia, no norte da Colômbia, com sua esposa, que ficou ferida. Ele era o âncora do programa de rádio "Consultório Jurídico" na rádio Puerto Berrío Stereo.

O co-anfitrião de Molina disse que o jornalista havia acusado o governo de corrupção no programa, segundo disse o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ). Ele também relatou várias ameaças nos meses que antecederam sua morte.

"Ele tinha 60 ações judiciais contra a administração municipal, contra o prefeito e secretário do governo", disse a esposa de Molina, Luz Marina de la Pava, conforme reportou o Caracol.

A organização acrescentou que uma iniciativa chamada Movimiento Los Enanos tem lutado por justiça no caso desde a morte de Molina.

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