Organizações jornalísticas de Porto Rico condenaram uma ordem judicial que obriga uma jornalista a revelar uma fonte confidencial, informou o diário El Nuevo Día.
A juíza Katherine Silvestri, do Tribunal de Primeira Instância de San Juan, ordenou que a jornalista Cándida Cotto revelasse a fonte de uma reportagem sobre a greve da Universidade de Porto Rico em 2010, segundo o semanário Claridad.
Esta publicação e a jornalista foram processadas por difamação e injúria pela ex-reitora universitária e seu cônjuge por declarações atribuídas a uma fonte anônima, segundo consta na resolução judicial.
A Associação de Jornalistas de Porto Rico (ASPPRO) considerou que esta decisão judicial é “um perigoso precedente contra a liberdade de imprensa” e que poderia abrir espaço para que figuras públicas intimidem jornalistas e suas potenciais fontes informativas, de acordo com um comunicado da entidade divulgado nesta quarta-feira, 23 de maio.
O Nuevo Día recordou que em um outro caso anterior, o tribunal federal exigiu que uma jornalista entregasse gravações e entrevistas sobre um ex-líder campesino.