Por Liliana Honorato
A Repórteres Sem Fronteiras manifestou, no dia 27 de junho, preocupação com os sinais de censura e perda da liberdade de expressão” no Paraguai, após a polêmica destituição do presidente Fernando Lugo, no dia 22, especialmente com a tentativa do novo governo de censurar a TV Pública de Paraguay. A emissora havia sido lançada como o primeiro canal público de TV pelo governo Lugo, em maio de 2011.
Segundo o jornal La Prensa Gráfica, de El Salvador, no dia 24 de junio, o sinal da TV pública do Paraguai foi interrompido por 26 minutos. Além disso, a polícia do governo de Federico Franco, que assumiu o poder menos de 48 horas após a destituição de Lugo, ordenou a destituição do diretor da rede, Marcelo Martinessi, acrescentou o TeleSur.
Martinessi disse que os policiais chegaram à emissora junto com Cristian Vázquez, diretor de Comunicações do novo governo, ordenando que não fossem transmitidas mais imagens de manifestantes em apoio a Lugo, “por considerar que elas atentavam contra a cidadania”, informou o jornal espanhol ABC.
De acordo com o diário peruano El Comercio, a tentativa de censurar a TV estatal paraguaia é exatamente o foco dos protestos contra Franco e uma multidão protestou em frente à emissora. O governo de Franco nega ter planos de censurar o canal, acrescentou o El Comercio.
Enquanto isso, a Secretaria de Informação e Comunicação para o Desenvolvimento (Sicom) do Paraguai informou que seus novos titulares vão garantir a liberdade de expressão no país, informou o La Nación.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.