Um grupo ultraconservador no México mantém bloqueada a entrada de meios de comunicação em Nova Jerusalém, um povoado do estado de Michoacán onde há um grave conflito entre habitantes laicos e fanáticos religiosos pelo direito à educação pública, segundo informou a agência de notícias Quadratin.
A comunidade de Nova Jerusalém foi fundada em 1973 por um grupo ultraconservador que proíbe os habitantes de ler jornais, ver televisão ou jogar futebol, de acordo com o site CNN México. Contudo, recentemente, esta comunidade chamou a atenção da opinião pública quando os seguidores do ex-sacerdote católico Martín de Tours conseguiram impedir o início do período escolar em oposição à educação laica do Estado. Até a data, 270 crianças da comunidade continuam sem aulas, pois os fanáticos religiosos destruíram a escola primária do povoado, de acordo com a agência Notimex.
Antes de fechar a entrada do povoado, um grupo dos denominados laicos lançaram pedras contra quatro jornalistas da Televisa e da agência Quadratin que tentavam cobrir a volta às aulas em 19 de agosto, segundo o Quadratin.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.