Por Liliana Honorato
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu a criação de uma lei de ética pública para jornalistas durante um discurso na empresa petrolífera YPF, afirmando que a imprensa estaria em uma “campanha para prejudicar a imagem da companhia” e destacando matérias publicadas pelo jornal Clarín, informou o site HidrocarburosBolivia.com.
Segundo o Télam, o Emol e o Clarín, Kirchner sugeriu que “os "jornalistas deveriam revelar os nomes de quem os pagam", já que alguns profissionais "utilizam informações privilegiada para ‘prejudicar’ o governo”.
A presidente disse ainda não ter a intenção de apresentar um projeto de lei, mas esperar que as entidades jornalísticas imponham normas éticas para os profissionais, segundo o La Nación.
O governo de Kirchner mantém uma tensa relação com a imprensa na Argentina. Sua administração tem sido considerada arbitrário e intolerante e é acusada de castigar os veículos de oposição. Além disso, a presidente estaria limitando a liberdade de expressão no país, entre outros problemas. Recentemente, inclusive, Kirchner proibiu um canal de TV de chamar um jornalista do Clarín para participar de um de seus programas.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.