Cinco suspeitos de envolvimento na morte do jornalista Valério Luiz de Oliveira foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás nesta quarta-feira, 27 de fevereiro, informou a Folha de S. Paulo. Entre eles, dois policiais militares, um tabelião e um ex-dirigente de futebol.
Valério Luiz trabalhava na Rádio Jornal 820, de Goiânia, e foi morto com sete tiros, na porta da rádio, no dia 5 de julho do ano passado. Antes de ser assassinado, o comentarista já havia recebido ameaças feitas por dirigentes do clube de futebol e estava proibido de entrar em suas instalações.
As investigações confirmam que a atuação profissional do comentarista esportivo motivou o crime, de acordo com o portal Terra. Oliveira fazia críticas constantes à diretoria do Atlético Clube Goianiense nos programas "Jornal de Debates", da Rádio Jornal, e "Mais Esporte", da PUC-TV.
O inquérito policial apontou o empresário Maurício Borges Sampaio, vice-diretor do time de futebol, como o mentor do crime. O cabo da Polícia Militar Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, à época segurança particular de Sampaio, executou os disparos contra o jornalista, publicou o site do MP. Os demais envolvidos foram denunciados por coautoria. Todos já estão presos.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
