A LatAm Journalism Review ouviu amigos, colegas de trabalho e familiares do jornalista brasileiro Tim Lopes, assassinado em 2 de junho de 2002. O caso provocou mudanças profundas nas empresas jornalísticas, com a implementação de medidas de segurança e a redução da cobertura em áreas de risco. No entanto, jornalistas brasileiros se sentem tão ou mais vulneráveis hoje quanto há 20 anos atrás.
Familiares, colegas e organizações nacionais e internacionais exigem justiça e garantias para o exercício do jornalismo livre de violência no México, após os assassinatos das jornalistas Yesenia Mollinedo e Johana García em 9 de maio, e do colunista Luis Enrique Ramírez, em 5 de maio.
Documentário brasileiro ‘Boca Fechada’ parte das histórias de três comunicadores executados por pistoleiros para mostrar a vulnerabilidade de jornalistas críticos em cidades pequenas do interior do país.
O jornalista Juan Carlos Muñiz foi assassinado em Zacatecas em 4 de março. Organizações como RSF, Artigo 19 e SIP, assim como jornalistas do México e do exterior, exigiram das autoridades mexicanas o fim da violência contra os comunicadores.
Os comunicadores vítimas da onda de violência no início de 2022 têm denominadores em comum, como serem independentes ou trabalharem em projetos nativos digitais próprios sobre assuntos locais de política, segurança e corrupção.
Até agora em fevereiro, o México registrou uma tentativa de assassinato de um jornalista, dois fotojornalistas espancados e o assassinato do filho de um conhecido comunicador de Tijuana, além de agressões verbais e desqualificações de membros da imprensa pela Presidência.
Pelo segundo ano consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro é o maior responsável por ataques à imprensa no Brasil, segundo levantamento anual da Federação Nacional dos Jornalistas. Para a organização, a realização de eleições nacionais estaduais em outubro, quando Bolsonaro tentará a reeleição aumenta o risco para o exercício do jornalismo no país em 2022.
Em 25 de janeiro de 1997, o fotojornalista José Luis Cabezas foi sequestrado, espancado, assassinado e cremado em um terreno baldio na costa atlântica. No 25º aniversário de seu crime, o Fórum Argentino de Jornalismo (FOPEA) convidou 25 jornalistas para recordá-lo com anedotas vividas com ele e reflexões sobre o que sua morte representa para o jornalismo argentino.
No primeiro mês de 2022, a América Latina assumiu a liderança como a região mais mortífera para a imprensa, registrando sete jornalistas mortos: quatro no México, dois no Haiti e um em Honduras.
Três anos depois de pedir pessoalmente proteção ao presidente do México, a jornalista Lourdes Maldonado foi morta a tiros em Tijuana. Ela é acompanhada por outros dois jornalistas que morreram violentamente no país em menos de um mês, atos condenados por colegas, cidadãos e organizações de liberdade de imprensa.