O peruano Maguiña Humberto Espinoza, jornalista e ex- editor de jornais regionais, foi condenado duas vezes por difamação entre os dias 18 e 19 de Setembro, por suas publicações denunciando o governo regional corrupto do Presidente de Ancash, César Álvarez Aguilar. Espinoza foi condenado a dois anos de pena suspensa, 120 dias de serviço comunitário e uma multa de 5.000 soles ( cerca de US $ 2000) , de acordo com o CPJ, Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
A primeira sentença da juíza Gisela Zuniga é baseada na publicação de agosto de 2012 no diário de Áncash, onde Espinoza acusa Álvarez de corrupção.
No dia seguinte, recebe recebe a mesma sentença devido à publicação no mesmo ano de um outro artigo, acusando novamente o presidente regional de fechar e confiscar a propriedade de uma estação de rádio local, Rádio Ancash, por razões políticas. Os detalhes desta última sentença ainda estão por apurar.
Espinoza afirmou ao Instituto Imprensa e Sociedade ( IPYS ) do Perú que as sentenças são uma retaliação por suas reportagens contra a gestão César Álvarez. Ao mesmo tempo, afirmou que recebe constantes ameaças de morte dirigidas a ele e sua família para expor a corrupção no governo regional.
Segundo o IFEX, o jornalista e seu advogado apresentaram recurso em ambos os julgamentos solicitando a sua nulidade completa, devido à irregularidade do processo.
Ao longo de vários anos que o IPYS vem alertando sobre de uma série de ataques contra a imprensa por César Alvarez, direta ou indiretamente , seja por meio dos tribunais, através de outros oficiais de gestão ou pelo seu pessoal segurança .
De acordo com uma recente advertência do mesmo organismo, Humberto Espinoza é o quarto jornalista de Áncash, região nordeste ao norte de Lima, a ser condenado por difamar o presidente regional César Álvarez Aguilar.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
