O presidente venezuelano, Nicolas Maduro pediu ao Ministério Público venezuelano país para avaliar “medidas especias” que dão ao executivo o poder de “punir esta guerra psicológica causada por jornais, televisão e rádio", pelas informações que difundem a escassez de alimentos na Venezuela.
Maduro disse que esta cobertura da mediática é contra “a segurança alimentar dos povos e contra a vida econômica da nação", informa o Diario Crítico da Venezuela.
Segundo o presidente venezuelano, los as manchetes da imprensa privada provocam as compras "nervosas" dos venezuelanos, criando desde há meses a escassez de alimentos nos mercados e supermercados.
Maduro disse que os meios de comunicação venezuelanos independentes estão causando uma “guerra de propaganda” e que "não pode haver impunidade" contra isso. E se os grandes jornais como The Washington Post e The New York Times, fizessem isso "não iriam durar (nem) 24 horas abertos", segundo o jornal El Comercio.
O presidente destacou que na Venezuela há liberdade de imprensa e de expressão, mas que essa liberdade não pode ser usada para destruir as pessoas.
Nicolás Maduro nega que a existência de escassez de alimentos no país, versão que reitera a posição do vice presidente venezuelano, Jorge Arreaza, que afirma que "nada está faltando na Venezuela (...), nem galinha, nem carne, nem óleo, nem açúcar, nem café, nem margarina, nem papel higiênico", de acordo com Infobae.
No entanto, a escassez de alimentos na Venezuela tem vindo a aumentar nos últimos meses. De acordo com o Banco Central da Venezuela, este ano o país atingiu 20% de índice da falta de alimentos, um número que, de acordo com economistas da Venezuela, é semelhante a países que vivem em período de guerra, segundo o jornal britânico The Guardian.
"Além do petróleo, não produzimos quase nada, aliás a produção de petróleo diminuiu. Há também uma falta de dinheiro e, num país onde tudo é importado, a crise é mais evidente na falta de alimentos", disse ao The Guardian Asdrubal Oliveros, economista venezuelano e diretor da organização Ecoanalítica.
O jornal de Caracas El Nacional publicou na semana passada, que de acordo com uma fonte informal, Nicolas Maduro, em conjunto com uma delegação de seu governo, tentou, sem sucesso, auxílio econômico ao presidente chinês Xi Jinping.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.