Jornalistas peruanos, mexicanos e colombianos receberam os Prêmios Ortega e Gasset de Jornalismo do jornal espanhol El País em Madrid na quinta-feira, 5 de maio.
Joseph Zárate Salazar ganhou o prêmio na categoria Melhor História ou Investigação Jornalística por seu trabalho “La dama de la laguna azul versus la laguna negra”, publicado na revista peruana Etiqueta Verde.
O projeto explora a história de Máxima Acuña, uma campesina que se nega a sair de sua casa quando enfrenta a expulsão por conta de uma empresa de mineração de ouro.
De acordo com a página do prêmio, o júri destacou que “se trata de uma história local que se faz universal. É um relato de luta que torna o leitor um participante. […] Traz, além de tudo, o debate entre o bem individual e o da maioria”.
As editoras das unidades de dados Lilia Saúl e Ginna Morelo, do El Universal do México e El Tiempo da Colômbia, respectivamente, ganharam na categoria Melhor Cobertura Multimídia pelo projeto de jornalismo de dados transnacional “Desaparecidos”.
Morelo dedicou o prêmio às vítimas das desaparições, informou El Tiempo. A jornalista acrescentou que 20 jornalistas, designers e programadores trabalharam no projeto entre os dois países.
Os Prêmios Ortega e Gasset de Jornalismo foram criados em 1984 para honrar o filósofo José Ortega y Gasset e são oferecidos por Ediciones El País, S.L., empresa editora do periódico espanhol El País. O rei Felipe VI da Espanha entregou os prêmios este ano.
“Com estes prêmios, o jornal El País quer ressaltar a defesa das liberdades, a independência, o rigor e a honestidade como virtudes essenciais do jornalismo”, disse a página do prêmio. Os trabalhos jornalísticos do “âmbito hispânico” são considerados.
Na cerimônia de 5 de maio, para a edição 33ª dos prêmios, El País também celebrou seu 40º aniversário.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.