Por Ingrid Bachmann
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) manifestou preocupação com o "processo de deterioração" da liberdade de imprensa na Argentina, acusando o governo de Cristina Fernández de manter uma estratégia de controle da informação, informou a Associated Press.
A SIP encerrou na quinta-feira 5 de maio uma visita a Buenos Aires. Segundo a EFE, em relatório preliminar, a SIP denunciou o “assédio permanente e a intimidação a jornalistas independentes e críticos”, com o objetivo de “criar autocensura ou simplesmente atacá-los para destruir sua credibilidade”.
O governo argentino mantém uma tensa relação com os meios de comunicação privados, especialmente o jornal Clarín. De acordo com a SIP, na Argentina os meios públicos são usados para a propaganda governamental, acrescentou a Reuters. No entanto, o governo nega restrições à liberdade de expressão no país, informou a Voz da América.
“Vamos chamar as coisas por seus nomes. Se há limitações à vigência plena da liberdade de expressão hoje na Argentina, isso não se deve à ação do governo, mas à posição dominante de um conglomerado de comunicação que funciona, de fato, como um ator político e que decidiu manter seu poder colocando seus interesses corporativos acima das leis da República”, disse o secretário de Comunicação, Juan Manuel Abad.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
