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Caminhoneiros atrasam distribuição dos jornais argentinos Clarín e La Nación

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  • 16 dezembro, 2010

Por Maira Magro

Uma assembleia de caminhoneiros na frente das gráficas que imprimem os jornais Clarín e La Nación atrasou por duas horas e meia a distribuição da edição de terça-feira, 14 de dezembro, noticiaram os dois diários.

Segundo La Nación, delegados do Sindicato de Caminhoneiros deram instruções a seus companheiros para que não saíssem com os exemplares até as 3h da madrugada. O sindicato, cujo líder é um conhecido aliado da presidente Cristina Kirchner, argumenta que a distribuição foi paralisada em solidariedade a empregados do setor gráfico, que enfrentariam supostos problemas trabalhistas, diz o Estadão.

Mas o Clarín afirma que a ação foi em represália por matérias publicadas recentemente sobre o líder sindicalista Hugo Moyano, denunciando suposta lavagem de dinheiro envolvendo obras sociais do Sindicato dos Caminhoneiros. Segundo La Nación, durante a assembleia, os caminhoneiros leram diversas matérias publicadas pelos dois jornais sobre Moyano.

Em 2009, o sindicato dos caminhoneiros bloqueou várias vezes as saídas das gráficas que distribuem o Clarín e La Nación para exigir melhores condições de trabalho. Os jornais argumentaram que foi uma tentativa de intimidação da imprensa por parte de Moyano, aliado de Cristina Kirchner. Na ocasião, o governo negou ter qualquer influência no conflito.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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