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Fotojornalista é atingido por bala de borracha durante cobertura de protesto em São Paulo

O fotojornalista brasileiro Daniel Arroyo foi atingido por uma bala de borracha disparada por um policial militar (PM) nesta quarta-feira, 16 de janeiro. Ele cobria um protesto contra o aumento da tarifa de transporte público em São Paulo quando foi ferido no joelho direito.

O fotógrafo foi atingido antes mesmo de o protesto começar, de acordo com o site Ponte Jornalismo, para o qual Arroyo registrava a manifestação. Segundo o que o fotojornalista contou em vídeo publicado no Twitter, um dos manifestantes foi detido por policiais e houve confusão. Após isso, um PM começou a atirar balas de borracha.

“Um PM à queima-roupa deu um tiro de bala de borracha nesse primeiro manifestante, depois deu um segundo tiro. No que deu o segundo tiro, me acertou. Eu estava a três metros dele”, disse Arroyo, que gravou a ação policial.

O fotojornalista também registrou o momento em que pediu ajuda aos policiais militares, que negaram socorro, segundo a Ponte. Ele se dirigiu por conta própria a um pronto-socorro e já passa bem, segundo a Ponte.

Arroyo informou ao portal UOL que registraria um boletim de ocorrência sobre o caso. De acordo com o portal G1, a Polícia Militar de São Paulo vai abrir um inquérito a respeito do ocorrido.

À Folha de S. Paulo, o porta-voz da corporação, Major Emerson Massera, disse que lamentava que o fotógrafo tivesse sido ferido. “O trabalho da imprensa não só é valorizado, mas é protegido, por isso lamentamos o que aconteceu", afirmou.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) condenou o incidente e cobrou punição dos responsáveis. “Toda vez que um profissional da imprensa é agredido e impedido de realizar seu trabalho, o direito à informação do público é restringido e a democracia perde”, comunicou a entidade em nota.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo também repudiou o ocorrido. O presidente da entidade, Paulo Zocchi, disse à Ponte que “a PM está tentando impedir o registro da violência contra os manifestantes”.

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