O jornalista argentino Carlos Lauría assumirá o cargo de diretor-executivo da Sociedade Interamericana de Imprensa em 12 de novembro. Em entrevista à LJR, ele falou sobre os desafios que o aguardam nesse cargo e os objetivos estabelecidos para apoiar a liberdade de imprensa na região e o empoderamento dos meios de comunicação.
Apesar da violência, da polarização e do assédio dos poderes que jornalistas mexicanos enfrentam, a vencedora do Prêmio Cabot 2023 Alejandra Xanic disse à LJR que aconselha não ceder ao medo, mas avaliar os riscos e colaborar para continuar fazendo jornalismo investigativo.
A reputação dos jornalistas está sob ataque. O estudo “Não apenas palavras: Como os ataques à reputação prejudicam os jornalistas e minam a liberdade de imprensa” constatou que, entre os jornalistas consultados ao redor do mundo, a maioria sofreu ataques a suas reputações pelo menos uma vez por mês. No Brasil, Bolsonaro foi o agressor mais citado.
Jornalistas que viveram no exílio em todo o mundo se reuniram para falar sobre como continuam a reportar sobre seus países de origem e o que precisam de legisladores, organizações sem fins lucrativos e cidadãos para apoiá-los.
A jornalista investigativa hondurenha Jennifer Ávila, repórter, diretora editorial e cofundadora do veículo Contracorriente, foi a vencedora da categoria Reconhecimento à Excelência do Prêmio Gabo 2023, tornando-se a primeira jornalista de seu país a receber a honraria, anunciou a Fundação Gabo na manhã desta segunda-feira (6). Na ata em que justifica a sua escolha, o […]
Miguel Ángel Mendoza tornou-se uma fonte de informação incontornável nas redes sociais em 19 de abril de 2018, quando os protestos contra o governo de Daniel Ortega eclodiram na Nicarágua. O trabalho de Mendoza levou as autoridades a o prenderem em 21 de junho de 2021. No último dia 9 de fevereiro, Mendoza esteve entre os 222 presos políticos inesperadamente libertados e deportados para os Estados Unidos após o governo declará-los apátridas.
A criação de conteúdo jornalístico para empresas e a cobertura paga de eventos são alternativas pelas quais os meios de jornalismo investigativo Revista Espejo e Red Es Poder, localizados em estados com alta criminalidade no México, conseguem compensar a falta de publicidade resultante do medo das marcas de anunciar em meios de notícias que cobrem criminalidade e corrupção.
Na análise da FLIP, o governo de Iván Duque, que termina em 7 de agosto, manteve uma estratégia binária de amigo-inimigo com a imprensa. Com aqueles considerados críticos, prevaleceram a desconfiança e o sigilo. Ele usou recursos humanos e econômicos para priorizar a comunicação institucional e impor sua narrativa. Ao fazer isso, contribuiu para a atmosfera de polarização e construiu um muro que afetou o acesso à informação.
A repórter mexicana acredita que o mecanismo de proteção a jornalistas não dará bons resultados enquanto persistir a impunidade a crimes contra a imprensa em seu país. E enquanto o presidente não desistir de seu discurso hostil de intimidação ao jornalismo.
Especialistas na cobertura de confrontos violentos na América Latina alertam para a necessidade de um treinamento de segurança completo que envolva toda a redação, desde os chefes até os repórteres.