Por Ingrid Bachmann
A ofensiva do governo argentino contra os dois principais jornais do país terá um novo capítulo com a denúncia penal contra a dona do Grupo Clarín, Ernestina Herrera de Noble, o diretor executivo do grupo, Héctor Magnetto, e o diretor do jornal La Nación, Bartolomé Mitre. Os empresários serão acusados de participação em crimes contra os direitos humanos durante a ditadura argentina.
A Perfil cita um relatório assinado pelo secretário de Direitos Humanos sobre supostas irregularidades na transferência da propriedade da fábrica de papel para jornais Papel Prensa, em 1976, que acusa oficiais do governo militar de praticarem crimes como extorsão, tortura e sequestro para forçar a transação. A denúncia pede a detenção imediata de todos os envolvidos no caso, inclusive os cúmplices.
O documento da denúncia seria apresentado nos próximos dias, afirma La Gaceta de Tucumán.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.