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Jornalista colombiano Hollman Morris rompe silêncio após controvérsia sobre visto para os EUA

Em junho, a embaixada dos Estados Unidos em Bogotá recusou o visto do proeminente jornalista colombiano Hollman Morris para entrar no país como bolsista da Fundação Nieman, da Universidade de Harvard, e chegou a proibir permanentemente sua entrada no país por "vínculos terroristas". Depois de uma campanha internacional em favor de Morris, o Departamento de Estado americano voltou atrás e concedeu-lhe o visto.

Pronto para começar o ano acadêmico na Univesidade de Harvard, no prestigioso programa Nieman, onde pretende estudar "o papel da imprensa no processo de reconstrução da memória histórica, reparação e verdade",
Morris falou ao jornal americano Boston Globe sobre a controvérsia do visto.

Ele conta que nos últimos cinco anos viajou mais de dez vezes aos EUA e nunca teve problemas. Para ele, a recusa do visto foi um ato de "sabotagem" da polícia secreta colombiana: "a evidência é clara que esta foi uma operação criminosa para arruinar a reputação, a estabilidade familiar e o bem-estar psicológico de um jornalista."

Morris observou que o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, também foi bolsista da Fundação Nieman na Universidade de Harvard, em 1998.

Em seu premiado programa de televisão "Contravía", Morris tem criticado o conflito armado na Colômbia e a administração do presidente Álvaro Uribe. O jornalista anunciou em seu Twitter que, com sua viagem aos EUA, acaba de assumir como diretor do programa seu irmão, Juan Pablo Morris, que até então trabalhava como produtor executivo da série.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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