Por Ingrid Bachmann
Representantes de organizações sociais, políticas e de direitos humanos fizeram uma manifestação em Buenos Aires em defesa da lei de meios audiovisuais, sancionada em outubro de 2009 e suspensa em março deste ano por una resolução judicial, informaram o jornal La Nación e a agência de notícias EFE.
A lei proposta pelo governo da presidente Cristina Kirchner substitui um dos últimos vestígios legais da ditadura argentina, mas gerou uma polêmica intensa entre governo, oposição e os principais grupos de comunicação do país, explica a EFE.
Segundo o diário La Jornada, os manifestantes argumentam que existe um "evidente consenso social" em favor da lei, e os obstáculos apresentados pelos executivos da mídia servem ao interesse minoritário de "grupos monopolistas."
A tensão entre o governo e os meios de comunicação tem sido constante nos últimos anos na Argentina, envolvendo discussões sobre a administração da empresa Papel Prensa (maior fornecedor local de papel para os jornais) e objeções quanto à concentração do mercado de operadores de cabo.
O Clarín denunciou uma campanha anônima para desprestigiar o grupo, através de cartazes pelas ruas questionando a integridade editorial e a independência de seus jornalistas.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.