Em um ano marcado pelo aumento das ameaças à democracia e por rápidas transformações tecnológicas, o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas encerrou 2025 reafirmando seu papel na linha de frente dos esforços globais para fortalecer o jornalismo independente e de qualidade.
A região registrou pelo menos 17 assassinatos, com o México sendo o país mais letal. Especialistas afirmam que a agressividade por parte das autoridades e a impunidade enraizada continuam alimentando os ataques.
Jornalistas em toda a América Latina enfrentam pressões cada vez maiores, mas seguem firmes. As principais reportagens deste ano mostram repórteres forçados ao exílio, que resistem a campanhas de difamação autoritárias, promovem a alfabetização midiática e expõem fraudes multimilionárias.
A LJR destaca em sua lista anual 10 projetos que investigaram economias ilícitas na Amazônia, denunciaram abusos contra migrantes, combateram fraudes digitais e celebraram o legado de um ícone do rock.
Uma investigação do IDL-Reporteros e do CLIP revela como desinformação vinculada a figuras políticas e empresariais se espalhou pelas redes sociais e resultou em pressão legal e assédio contra jornalistas.
Jornalistas afirmam que o histórico sensacionalista e as violações de direitos humanos na cobertura de Datena o tornam incompatível com a missão da EBC, e classificam sua nomeação como interferência política.
Os mecanismos que antes garantiam o acesso à informação pública no México foram desmontados. Meios de comunicação e organizações de jornalismo e tecnologia estão capacitando jovens jornalistas para preencher essa lacuna.
Durante webinar recente, jornalistas e acadêmicos do norte da América Central descrevem as ameaças e violências que enfrentam em seus países. Para alguns, isso levou ao exílio — mas não à desistência.
Para Luis Núñez, o jornalismo é amor e serviço à sua comunidade. Ele apresenta dois telejornais no Pacífico colombiano e vende viche, um destilado local, porque sabe que não pode viver apenas do jornalismo.
Ferramentas digitais como FactFlow, Archive.org e OSoMeNet ajudam jornalistas e checadores de informações na América Latina a rastrear narrativas falsas, analisar redes de difusão e verificar a autenticidade de conteúdo virtual.
Um estudo do Instituto Reuters revela que os usuários brasileiros de redes sociais preferem news creators a marcas tradicionais. Essa tendência abre oportunidades de colaboração entre criadores de conteúdo e redações.
Com militares lançando suspeitas sobre a imprensa e pressionando pela revelação de fontes, jornalistas hondurenhos recorrem a parcerias — e coletes à prova de balas — para cobrir as eleições.