Por Maira Magro
Desde que o jornal Crítica, de Buenos Aires, parou de circular em 29 de abril, seus 190 jornalistas, fotógrafos e trabalhadores vêm fazendo de tudo para manter seus postos de trabalho. Organizam protestos, reuniões e ocupam a redação 24 horas por dia, há três meses. Esta semana, eles se recusaram a cumprir uma ordem judicial de despejo emitida pelo juiz responsável pelo processo de falência do jornal, informou a página da campanha “Salvemos al Diario Critica”, no Facebook (veja também o blog da campanha).
Na quarta-feira, quando o síndico da massa falida se apresentou à redação para fechá-la, os trabalhadores se negaram a abandonar o edifício sem um compromisso de continuidade laboral, relatou o jornal Clarín. Eles também entraram na Justiça com um pedido para que possam permanecer na redação enquanto não se chega a uma solução sobre os postos de trabalho. Segundo La Nación, a Justiça aceitou que os trabalhadores permaneçam na redação por mais 72 horas.
La Nación aponta que, segundo versões ainda não confirmadas, as negociações para que o jornal Crítica fosse comprado pelo grupo Olmos (dono do diário Crónica) não teriam avançado, mas haveria a possibilidade de que os trabalhadores fossem transferidos de empresa.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.