Por Ingrid Bachmann
Ao encerrar sua 66ª Assembleia Geral, em Mérida, no México, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) decidiu enviar suas 22 resoluções, a maioria delas relacionada à liberdade de imprensa, a governos e organizações internacionais da Améria Latina.
As resoluções analisam a situação de países como Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Panamá, Peru e Venezuela. A assembleia da SIP também deu origem a documentos sobre os “renovados esforços” de diversos países para instituir medidas regulando os meios de comunicação e controlando o fluxo de informação.
O novo presidente da SIP, o guatemalteco Gonzalo Marroquín, chamou os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Correa (Equador), Cristina Fernández (Argentina) e Evo Morales (Bolívia) de intolerantes, além de acusá-los de criar leis contrárias à liberdade de imprensa.
Leis que permitem aos governos controlar o conteúdo dos meios de comunicação já existem na Argentina, na Bolívia e na Venezuela. A SIP expressou preocupação com iniciativas semelhantes no Brasil, no Equador e no Uruguai. A organização também pediu aos porta-vozes da liberdade de expressão na OEA e na ONU que tomem medidas sobre isso, já que a censura prévia e as limitações ao livre exercício do jornalismo violam um direito humano internacionalmente reconhecido.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.