A Associação Nacional de Fotógrafos da Imprensa (NPPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos enviou uma carta de reclamação ao departamento de polícia da cidade de Baltimore para expressar sua preocupação depois que policiais ameaçaram prender um cidadão que filmava agentes de segurança que efetuando uma prisão, informou o jornal Baltimore Sun e a NPPA. Ironicamente, o incidente ocorreu menos de 24 horas após a polícia ter emitido novas regras instruindo oficiais a não "impedir ou proibir" as pessoas de fotografar ou filmar ações policiais, explicou um outro artigo do Sun.
Na carta, dirigida ao Comissário de Polícia de Baltimore, Frederick H. Bealefeld III, a NPPA observou que "a fotografia por si só não é uma atividade suspeita", e ameaçar prender pessoas por fotografar policiais atenta contra a liberdade de expressão. A carta chegou a dizer que "essa atividade [fotografia] é protegida pela Primeira Emenda e não pode ser restringida por agentes que pretendem evitar a documentação de suas ações. Este é apenas o mais recente incidente em uma onda de abusos policiais similares em todo o país ".
O Baltimore Sun e a carta da NPPA também ressaltaram que a polícia encontrou uma brecha legal que lhe permite prender pessoas não por tirar fotos em si, mas por vadiagem.
Este episódio segue os passos da prisão de um fotojornalista de televisão em Memphis, detido no dia 29 de janeiro após usar seu telefone para gravar policiais que realizavam outra detenção. As imagens foram apagadas do celular.
O crescente número de comunicadores e cidadãos detidos por tirar fotos e filmar - como as prisões de jornalistas e fotojornalistas que cobriam os protestos "Occupy" - resultou na queda de 27 posições dos EUA na Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa 2011-2012 da organização Repórteres Sem Fronteiras. Poynter publicou vários conselhos sobre como os jornalistas podem se proteger e salvar as notícias obtidas caso sejam presos por fazer seu trabalho.