As autoridades do estado mexicano de Sonora confirmaram, no dia 17 de maio, o sequestro de um jornalista especializado em temas de Justiça e segurança, informou a agência Proceso.
Enquanto continuam as investigações sobre o asassinato e sequestro do jornalista Alfredo Villatoro em Honduras, a imprensa local demonstra preocupação com possíveis motivos e responsáveis pelo crime.
Pela segunda vez em apenas uma semana, a sede de um jornal é atacada a tiros no estado de Tamaulipas, um dos mais afetados pelo crime organizado no México. Na noite de 11 de maio, o prédio do jornal El Mañana, de Nuevo Laredo, cidade na fronteira com o estado americano do Texas, foi atacado a tiros, segundo a agência Proceso. No dia 7 de maio, uma ataque semelhante havia ocorrido contra o diário Hora Cero, na cidade de Reynosa.
Poucas horas depois de o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, afirmar que o jornalista sequestrado Alfredo Villatoro estava vivo, o secretário de Segurança Pública anunciou, na noite de 15 de maio, a morte do conhecido locutor da HRN, a rede de rádio mais importante do país, informaron la agencia Associated Press y el diario La Prensa.
A rede mexicana de rádio Grupo Fórmula enviou uma carta ao dono do jornal Reforma para esclarecer os pagamentos por “menções jornalísticas” recebidas do candidato à Presidência e ex-governador do Estado de México Enrique Peña Nieto, informou a própria emissora.
Quanto custa um jornalista do México? De acordo com uma reportagem do jornal Reforma, a resposta poderia ser milhões de pesos, no caso de Joaquín López Dóriga, âncora de telejornal da Televisa, a principal emissora do México.
O Centro de Reportes Informativos de Guatemala (Cerigua) denunciou o fechamento de duas rádios comunitárias e seis canais de TV locais durante o mês de maio. Segundo a organização, dezenas de emissoras comunitárias operam de maneira ilegal, por conta da falta de leis de concessão de licenças, o que permite a perseguição das autoridades locais.
Um ex-repórter policial foi encontrado morto no interior de um veículo na cidade de Cuernavaca, a 85 quilômetros da Cidade do México, informou a agência AFP neste domingo, 13 de maio.
Apesar do tiroteio contra o prédio do jornal El Mañana na cidade fronteiriça de Nuevo Laredo na noite de sexta, 11 de maio, os jornalistas da publicação conseguiram fechar a edição de sábado e voltaram a trabalhar no dia seguinte, informou o diário Detroit Free Press. “Nem uma granada parou as prensas no México”, foi a manchete do Detroit Free Press para dar destaque ao ataque armado contra o jornal.
Além do sequestro do jornalista Alfredo Villatoro em Honduras, outros cinco jornalistas denunciaram sofrer ameaças de morte em San Pedro Sula só este ano, segundo informou a Promotoria Especial de Direitos Humanos ao periódico La Prensa.