Por Isabela Fraga
Com três jornalistas assassinados, o Brasil é o país com mais mortes de profissionais da imprensa por motivos confirmados relacionados à profissão em 2012 no continente americano, segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), noticiou o portal Terra.
De acordo com dados divulgados no site do CPJ, o Brasil ocupa o 3º lugar entre os países de todo o mundo onde mais jornalistas foram assassinados este ano -- atrás apenas da Síria (18), Somália (8) e ao lado do Paquistão. Contagens de outras instituições apontam que o número de assassinatos de jornalistas no mundo em 2012, até agosto, já se aproxima do total de 2011, com 107 (segundo a Press Emblem Campaign) ou 90 (segundo o International News Safety Institute, o INSI) profissionais mortos, reportou a Folha de São Paulo.
Vale lembrar, no entanto, que os números divulgados pelo CPJ são apenas das mortes por motivos confirmados em relação à profissão jornalística. Em outros países da América Latina, há mais jornalistas assassinados, mas os motivos ainda não foram confirmados, segundo a organização: no México, cinco profissionais da imprensa foram mortos em 2012.
O caso mais recente no Brasil foi o assassinato a tiros do radialista esportivo Valério Luiz, em 5 de julho, quando o jornalista saía do prédio onde trabalhava. Além de Luiz, também tiveram mortes confirmadas em relação à profissão o jornalista e blogueiro Décio Sá, em abril, e o repórter Mário Randolfo Marques Lopes, em fevereiro. Por esses número, o INSI classificou o Brasil como um dos países mais perigosos para a imprensa no primeiro semestre de 2012.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.