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CIDH denuncia ameaças a rádios comunitárias em Honduras

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou na terça-feira, 11, episódios de assédio por parte da polícia e de funcionários do governo contra as rádios comunitárias em Honduras, informaram as agências EFE e AFP.

Segundo um alerta da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), publicado pelo site Revistazo.com, funcionários vestindo o uniforme do Serviço de Medição Elétrica de Honduras ameaçaram integrantes de uma associação indígena na cidade de La Esperanza, no dia 5 de janeiro, e cortaram o fornecimento de energia aos edifícios nos quais funcionavam duas rádios comunitárias. Aparentemente, o objetivo seria impedir que as rádios Guarajambala e Voz Lenca continuassem suas transmissões, como represália ao conteúdo crítico, afirmou a EFE.

Segundo o Terra, em um episódio relacionado, duas jornalistas da emissora comunitária La Voz de Zacate Grande foram detidas e tiveram seus equipamentos confiscados pela polícia no dia 15 de dezembro, quando cobriam o despejo de uma família. As repórteres foram acusadas de desobediência e mantidas incomunicáveis durante 36 horas, denunciou a CIDH.

A comissão exortou o Estado hondurenho a "investigar os fatos e garantir que nem seus representantes nem particulares pratiquem atos de assédio contra aqueles que exercem sua liberdade de expressão através das emissoras comunitárias", relatou El Heraldo.

A situação dos jornalistas e da liberdade de expressão piorou depois do golpe de Estado em Honduras, em junho de 2009. A CIDH, organismo da Organização dos Estados Americanos (OEA), publicou um relatório crítico no ano passado relatando ataques a jornalistas e meios de comunicação.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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