O cinegrafista hondurenho Edwin Rivera Paz (28) foi assassinado em Acayucan, no estado mexicano de Veracruz, em 9 de julho.
Ele foi baleado por homens armados em uma motocicleta que, de acordo com testemunhas, perseguiram Rivera Paz por vários quarteirões no bairro de San Diego, segundo noticiou o diário hondurenho La Prensa.
Aparentemente, a pessoa que estava com Rivera Paz conseguiu escapar do ataque, informou o site Eixo Central do México.
O jovem comunicador residia com seu meio-irmão Pablo Rivera desde o início de 2017, quando ele se mudou para o México como refugiado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), segundo o site mexicano El Sol de Tampico.
Rivera Paz buscou refúgio logo após a morte de seu amigo e colega Igor Padilla Chávez, que foi morto a tiros na rua no dia 17 de janeiro em San Pedro Sula, Honduras. Padilla, cuja morte permanece impune até esta data, teria sido supostamente assassinado por vários membros do crime organizado de Maras, de acordo com o portal Presencia Noticias.
Rivera Paz foi cinegrafista de Padilla no programa humorístico "Os Quitandeiros" que era transmitido pelo canal de televisão hondurenho Hable Como Habla (HCH), publicou a EFE.
De acordo com o depoimento de pessoas próximas a Rivera Paz, o comunicador tinha dito que temia por sua vida por causa de sua proximidade com Padilla, informou La Prensa de Honduras.
A pedido da família, as autoridades consulares de Honduras em Acayucan e os representantes do ACNUR estão providenciando para que os restos mortais do cinegrafista sejam repatriados.
O Movimento Migrante Mesoamericano disse que as circunstâncias da morte são “preocupantes” e pediu que as autoridades investiguem caso, publicou a revista Newsweek em Espanhol.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.