Por Alejandro Martínez
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas destacou os ataques virtuais contra os websites do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas e do Simpósio Internacional de Jornalismo Online, que deixaram as páginas fora do ar por duas semanas.
O ataque de 11 de março foi proveniente de computadores da Rússia e forçou a equipe de Tecnologia da Informação da Universidade do Texas em Austin, que hospeda os sites, a deixá-los em quarentena até que todas as vulnerabilidades estivessem corrigidas. O Centro Knight criou dois blogs provisórios em WordPress para continuar suas atividades durante a crise.
De acordo com um analista da Electronic Frontier Foundation citado pelo CPJ, ataques contra organizações de direitos humanos e em prol da liberdade de expressão "são muito comuns."
Masashi Creta-Nishihata, gerente de pesquisa do Citizen Lab da Universidade de Toronto, disse ao CPJ em um e-mail que "muitos grupos lidam com tais ameaças de forma quase diária, e a sociedade civil deve exercer uma vigilância constante para se proteger delas. "
CPJ citou outros ataques contra meios de comunicação e organizações jornalísticas, incluindo um ataque em fevereiro contra ele próprio que não chegou a tirar seu site do ar.
O motivo do ataque contra o Centro Knight permanece desconhecido. Independentemente disso, o episódio ressalta a necessidade de mais preparação e sensibilização de jornalistas, meios de comunicação e organizações de defesa da liberdade de expressão sobre os riscos digitais.
Para se protegerem, o consultor sênior de segurança do CPJ, jornalista Frank Smyth, sugeriu o uso das ferramentas de código aberto Metasploit para testar vulnerabilidades potenciais do sistema, ou dicas de auto-proteção do Citizen Lab.
"A vigilância é o primeiro passo para ficar em segurança", disse ele.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.