Por Liliana Honorato
Em apenas umas semana, diversos jornalistas foram agredidos e ameaçados por pessoas ligadas a governos na Argentina. Além de ser golpeado, um dos profissionais foi ameaçado de morte, com um arma de fogo, pelo prefeito de Sancti Spiritu, na província de Santa Fe, no dia 14 de agosto, denunciou o Fórum de Jornalismo Argentino (FOPEA).
O diretor da FM UNO, Hernán García, precisou caminhar quatro quilômetros para pedir ajuda à polícia, após ser atacado por Abel Fontenla. O prefeito o golpeou e o ameaçou de morte, colocando uma arma na boca do jornalista, que tentava falar com Fontenla, explicou o TN.
No dia 12 de agosto, Daniela Abrudsky, jornalista do Canal 12, foi agredida e ameaçada pelo chefe de imprensa do governador da província de Córdoba ao perguntar ao político sua “opinião sobre o conflito entre o governo e os funcionários públicos”, segundo o Prensa Red. Após o ataque, o FOPEA enviou uma carta aberta ao agressor, Fernando Aimaretto, condenando o incidente.
Outros dois jornalistas argentinos foram vítimas de ameaças. Eles foram chamados de mafiosos em cartazes com foto espalhados pelas ruas, informou o M24 Digital. Marcelo Bonelli e Nelson Castro são conhecidos por criticar o governo da presidente Cristina Kirchner, que já questionou a integridade profissional dos profissionais, de acordo com a agência de notícias UPI.
Tais ataques e ameaças cometidos por funcionários públicos contra jornalistas têm se tornado comuns na Argentina. Além disso, o governo de Kirchner tem sido acusado de ser arbitrário e intolerante, de castigar os veículos críticos de seu governo e de limitar a liberdade de expressão na Argentina. Mas as agressões e ameaças partem também de partidários do governo.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
