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Embaixada da Suécia acusa jornalistas guatemaltecos de difamação

Embaixada da Suécia na Guatemala denunciou a difamação de dois jornalistas que afirmaram em um programa televisivo que o governo sueco financia grupos terroristas no país da América Central, informou o Centro de Reportes Informativos de Guatemala (Cerigua). Uma das jornalistas acusadas​​, Sylvia Gereda, negou a acusação em seu blog e disse que tem os documentos que comprovam as declarações feitas sobre a Suécia.

A denúncia envolve, além da polêmica jornalista Sylvia Gereda, o jornalista Pedro Trujillo. Ambos transmitiram a reportagem “Suécia financia terroristas na Guatemala” no programa Informe Especial, do Canal Antigua, em 4 de março. No programa, os repórteres asseguram que o país europeu patrocina organizações dedicadas a causar instabilidade política, planejar atos terroristas e debilitar o Estado de Direito.

Em um comunicado, a embaixada conta que entregou informação ao Canal Antigua sobre uma organização guatemalteca cujo pedido de financiamento foi rejeitado pelo governo sueco e recomendou a emissora a procurar o Fundo Indígena, o que não teria sido feito.

“É um evidente sinal da falta de profissionalismo, seriedade e ética”, denunciou o documento de 6 de março, que exige também a retratação do Canal Antigua.

Em sua resposta à Embaixada, Gereda e Trujillo escreveram que "nada foi inventado ... Nós não mentimos". CERIGUA também publicou um outro artigo no qual Gereda defendeu seu trabalho jornalístico.

O relator especial da liberdade de expressão das Nações Unidas, Frank La Rue, ressaltou que a reportagem era um caso de “mau jornalismo” mas observou que os jornalistas têm direito de criticar funcionários públicos sempre que respeitem a ética e o profissionalismo, de acordo com Cerigua.

Em um editorial, o jornal Prensa Libre criticou LaRue, dizendo que ele "deveria parar de atacar os jornalistas independentes".

No entanto, a jornalista Iduvina Hernández, do jornal Plaza Pública, criticou o trabalho jornalístico de Gereda ao denunciar que os textos mencionados não se tratavam de um projeto de financiamento nem continham qualquer assinatura de algum responsável.