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Empresas jornalísticas argentinas criticam governo por pressionar os meios de comunicação

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  • 28 setembro, 2010

Por Ingrid Bachmann

Asociación de Entidades Periodísticas Argentinas (Adepa) afirmou que o governo de Cristina Kirchner elegeu o jornalismo “como inimigo” e advertiu que a pressão exercida pelas autoridades degrada a liberdade de expressão no país.

Segundo o jornal La Gaceta de Tucumán, veículos de todo o país repercutiram as críticas do informe anual da Adepa, que também questionou “o aumento desmedido dos gastos do governo com publicidade e a distribuição imparcial dos anúncios entre os meios de comunicação”.

relação conflituosa do governo argentino com os meios privados, em especial o Grupo Clarín, maior grupo de mídia argentino, chegou aos tribunais com denúncias criminais que acusam seus proprietários e diretores de cumplicidade com a ditadura militar (1976-1983), além de iniciativas legais que obrigariam o conglomerado a se desfazer de vários de seus negócios.

Nessa disputa, um juiz determinou, na sexta-feira passada, a suspensão da resolução do governo que ordenava o fechamento da Fibertel, serviço de internet do Grupo Clarín, e convocou o estado a “abster-se [...] de afetar de qualquer forma” a Fibertel, como acrescenta o jornal Página 12.

Cristina usou seu perfil no Twitter para criticar a decisão judicial, conforme diz a agência oficial Télam. “É como se tivéssemos uma justiça para O Monopólio e outra para o resto da sociedade”, escreveu a presidente.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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