Por Maira Magro
O jornalista cubano Guillermo Fariñas, que passou mais de quatro meses em greve de fome para pedir a libertação de presos políticos doentes na ilha, deixou o hospital nesta quinta-feira, 29 de julho, e afirmou que quer voltar a escrever matérias o quanto antes, informou a agência EFE. À AFP, ele enfatizou que quer "escrever muito".
Fariñas recebeu alta do hospital onde passou a maior parte de seu jejum, na cidade de Santa Clara, na região central de Cuba, mas continuará tendo a saúde acompanhada pelos médicos. Por causa de complicações surgidas durante a greve de fome, ele terá que usar uma cadeira de rodas pelas próximas semanas.
“Devido a minhas limitações motoras me dedicarei ao jornalismo a partir de minha casa”, explicou Fariñas à agência Ansa Latina.
O jornalista encerrou a greve de fome no dia 8 de julho, depois que o governo cubano se comprometeu a libertar 52 dissidentes detidos desde 2003.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.