Funcionários da Guarda Nacional venezuelana apreenderam a câmera fotográfica e apagaram o material de trabalho de um fotógrafo que cobria atos de violência em um parque da cidade de Barinas, sudoeste da Venezuela, informou o Colegio Nacional de Periodistas na sexta-feira, 3 de agosto.
Huanis Alfaro, jornalista do diário De Frente, registrava o momento em que pessoas foram feitas reféns por um grupo criminoso quando efetivos da Guarda Nacional pegaram a câmera e apagaram as imagens da memória, de acordo com o Instituto Imprensa e Sociedade (Ipys, na sigla em espanhol).
Tarquino González, secretário-geral do Colegio Nacional de Periodistas de Barinas, exigiu respeito aos profissionais de comunicação e rechaçou o episódio que, segundo ele, "se soma à larga lista de atropelos cometidos em Barinas contra a liberdade de expressão e o livre exercício de nossa profissão", repercutiu a organização Espacio Público.
González destacou que nos últimos três anos já houve 60 casos de agressão a jornalistas, fotojornalistas e meios de comunicação em Barinas , a maioria dos quais praticados por funcionários públicos.
De acordo com um estudo realizado pelo IPYS em 2011, Barinas ocupa o segundo lugar em casos de censura na Venezuela.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.